Já aqui falámos
em como Um concurso nada tradicional
pretende levar os seus alunos a desconstruir uma história tradicional que
conhecem. Mas há mais: queremos que as crianças também desenvolvam uma capa
para o novo enredo que vão criar!
Ao incentivar o
desenho nas crianças estamos a fortalecer a sua coordenação motora, a estimular
a organização do seu pensamento, a ensiná-las a ter noção do espaço e, claro, a
ajudá-las a exprimir com mais facilidade as suas ideias e emoções.
O desenho
infantil pode dizer-nos como o pensamento da criança está estruturado. São
muitos os exercícios e materiais que se podem trazer para a sala de aula com o
objetivo de estimular a imaginação e a expressão plástica dos mais pequenos.
Por isso, hoje propomos
um exercício de desenho criativo em grupo, desenvolvido pelo surrealista André
Breton. Para começar, forme vários grupos, cada um com pelo menos três
crianças. Depois, distribua uma folha de papel em branco por cada grupo e
convide um aluno selecionado ao acaso a desenhar uma figura que pode ou não ter
significado. O segundo aluno, ignorando o eventual significado do desenho do
seu antecessor, cria uma nova figura utilizando o elemento anterior. O mesmo exercício
repete-se até todas as crianças do grupo terem participado. O resultado final,
muitas vezes, não é um desenho claro, mas o desafio de dominar a forma anterior
impondo a sua própria visão pode tornar-se muito estimulante para as crianças[1].
[1]
Fonte:
Gianni Rodari, Gramática da Fantasia –
Introdução à arte de contar histórias, 2.ª edição, Editorial Caminho,
Lisboa, 1993.
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